Gestão financeira


Despesas precisam ser levadas na ponta do lápis


Organizar as contas de um condomínio é um desafio para o síndico porque a maioria não tem conhecimento específico de contabilidade. Mesmo contratando um profissional para fechar o balanço do mês é preciso manter um controle diário da movimentação financeira.

Boa parte dos síndicos tem dificuldade em organizar tantas notas e papéis, por conta disso, a contabilidade nem sempre fecha como deveria gerando, inclusive, desconfiança entre os condôminos. Para evitar problemas algumas orientações devem ser seguidas.

Planejamento

As despesas com o 13º salário dos funcionários, abono de férias, cestas de Natal e tudo o que possa ser previsto, devem ser acrescentadas em parcelas mensais. Esse procedimento evita que a taxa de condomínio no final do ano aumente muito de valor.

O dinheiro do Fundo de Reserva só deve ser usado em caso de extrema urgência, com prestação de contas em assembléia ou quando a despesa for aprovada pelos condôminos.

Outra dica é evitar acionar a assessoria jurídica para receber taxas de inadimplentes, sempre que possível, o síndico deve fazer acordos com os moradores.

Para controlar horas-extras e folgas dos funcionários, especialistas recomendam quadros de horário e cartões ponto.

O economista Antônio Agenor Denardi, chefe do Departamento de Economia da Universidade Estadual de Maringá (UEM), aconselha os síndicos a adquirirem o hábito de controlar as contas por demonstrativos separados.

O procedimento é indicado, principalmente, se o dinheiro do fundo de reserva foi investido em mais de uma aplicação como poupança e ações.

“O controle de cada aplicação permite um acerto de contas mais exato e agiliza o trabalho do contador. Basta fazer um demonstrativo (uma espécie de extrato) da movimentação desses papéis”, explica.

Eficiência

O síndicos que têm o melhor desempenho em termos de gestão financeira do condomínio não precisam ter conhecimentos aprofundados em contabilidade, devem ser organizados e ter as contas do condomínio “na ponta do lápis”.

Também vale a pena organizar um demonstrativo para obras realizadas no condomínio; prestação de serviços e, se for o caso para as fontes geradoras de renda (venda de material reciclável, aluguel de garagens ou salão de festas).

Atenção extra para despesas pequenas que acabam “desaparecendo” da prestação de contas por mero descuido. Na lista estão pagamentos e saques com despesas emergenciais ou pequenas compras.

A dica do especialista é ter atenção no momento de passar os valores para o demonstrativo. Qualquer diferença faz com que todo o trabalho tenha de ser refeito pelo contador.