O número de ações por calote no condomínio caiu em outubro. Um levantamento realizado pelo Secovi-SP (sindicato da habitação) mostrou que, no mês passado, foram ajuizados 945 processos do tipo, frente aos 1.415 casos de setembro. A queda é de 33,2%.

Para Hubert Gebara, vice-presidente de Administração Imobiliária e Condomínios do Secovi-SP, a lei que permite o protesto do boleto de cobrança dos condomínios foi a que mais ajudou a minimizar as ações.

Isso porque os condôminos preferem fazer acordos e parcelar os atrasos a ficar com o nome sujo.

- Os inadimplentes preferem negociar e pagar parcelado do que ter seu nome inscrito nos serviços de proteção ao crédito. Para o condomínio, também é melhor receber aos poucos do que esperar anos por um resultado incerto.

Ele explica que, dentre outros fatores que ajudaram a reduzir as pendências, estão os acordos extrajudiciais, que surtem efeito na maioria das vezes. Uma ação de cobrança dessa natureza pode levar, em média, de cinco a dez anos para ser resolvida.

Neste ano, o total acumulado nos dez primeiros meses (10.078 ações) representou queda de 4,7% sobre igual período de 2009 (9.628 casos).

Comparado ao volume acumulado em igual período de 2008, houve queda bastante expressiva. De janeiro a outubro daquele ano, foram registrados 11.573 casos, uma redução de 12,9 % em relação a 2010.