Barulho de salto é recordista de reclamações de moradores

O "toc-toc" do sapato do vizinho de cima, vandalismo contra os bens do condomínio, o aparelho de ar condicionado barulhento, a porta que bate no carro do vizinho de garagem, o cachorrinho que usa as dependências comuns como sanitário e a intolerância entre os moradores são alguns dos problemas que desafiam síndicos e administradoras de condomínios em Maringá. A busca por soluções não é fácil e exige jogo de cintura e rigor.

O síndico Anderson Rezende Painso, que administra há 3 anos e meio um condomínio de quatro blocos 120 apartamentos e 368 moradores - conta que o campeão das reclamações é o barulho de salto de sapato no apartamento de cima.

"O 'toc-toc' é o recordista de reclamações. Conseguimos reduzir bastante, mas sempre há quem não colabora", diz. Nesse caso, ele conta que aplica multas e segue o que prevê o estatuto do condomínio.

"Nosso regulamento interno prevê multas. Temos repúblicas de estudantes que fazem festa no apartamento e eles só acreditam que o barulho é irregular quando recebem a multa", aponta Painso, destacando que antes faz uma advertência, para tentar resolver a situação sem multar.

No condomínio, a primeira multa é de R$ 120, que dobra em caso de reincidência. "Teremos que adaptar esses valores ao novo Código Civil, que prevê multas a partir de R$ 500", avisa.

Outro motivo de discórdia entre moradores são as garagens que não são muito espaçosas e fazem com que a porta de um carro, ao ser aberta, toque na lataria do carro do vizinho. "Nesses casos, o certo é o síndico não se envolver, mas procuro intermediar uma conversa para resolver o problema."


Pantufas

O caso aconteceu em um condomínio de alto padrão em Maringá. A vizinha de baixo não tinha mais sossego à noite. A moradora do apartamento de cima era plantonista da área da saúde e chegava em casa de madrugada. De salto alto, ela mantinha o ritmo do trabalho, andando pelo apartamento madrugada afora.

 



Fonte: O Diário