PMs são suspeitos de assaltar condomínio de luxo

Segundo delação de policial, quatro militares acusados de roubar base da PM em Guararema também estariam envolvidos em arrastão

Dez meses após o arrastão no condomínio de luxo Firenze, na Vila Oliveira, quatro policiais militares foram levados ao 1° DP, no Parque Monte Líbano, sob a suspeita de envolvimento no crime. Todos já estão presos acusados de participação no roubo à base da 3ª Companhia da Polícia Militar e ao Bradesco de Guararema. A função dos policiais no arrastão, segundo a delação de um policial militar que não estaria envolvido no crime, seria monitorar o rádio da PM e dar cobertura à quadrilha formada por integrantes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).

O depoimento dos quatro militares, cujos nomes não foram divulgados, foi ouvido pelo delegado Marcos Batalha. Durante a apuração feita pelo comando do 17° Batalhão sobre o roubo à base e ao Bradesco de Guararema, um PM, que terá o nome preservado, teria revelado que um dos policiais preso em novembro de 2009 teria, meses antes, lhe confessado a participação no arrastão no Firenze, assim como o envolvimento de outro PM no mesmo crime.

Diante da suspeita, quatro dos seis policiais envolvidos no crime ocorrido em Guararema em agosto do ano passado foram chamados para depor e negaram as acusações. Eles chegaram à delegacia escoltados por policiais da Corregedoria da PM e foram submetidos a reconhecimento pessoal por cinco de 12 moradores do Firenze. No entanto, nenhum deles foi reconhecido.

A reportagem apurou que é possível que o reconhecimento não tenha sido positivo pelo fato de eles, segundo o delator, não terem entrado no edifício. No entanto, Batalha destacou que não há indícios suficientes para apontá-los como acusados, por isso, eles ainda não foram indiciados.


Investigações
Após prestar esclarecimentos, os militares voltaram ao presídio Romão Gomes. Ontem, também foi revelado que há seis meses o chip do celular de uma das vítimas do Firenze foi localizado com um homem que mora em uma favela em Jundiaí. No entanto, a participação dele no crime foi descartada, já que ele teria explicado e apresentado testemunhas que comprovaram que o objeto teria sido localizado com o aparelho celular às margens do rio Tietê.


O crime
O condomínio Firenze foi assaltado por onze homens armados na noite do dia 27 de maio de 2009. Para ter acesso ao prédio, que contava com um sistema moderno de segurança, os marginais clonaram o carro de um dos moradores. Dos 16 apartamentos divididos em duas torres, 15 foram assaltados e, após três horas rendendo cada pessoa que chegava ao edifício, a quadrilha fugiu com dinheiro, joias, aparelhos eletroeletrônicos e fitas do sistema interno de segurança.



Fonte: Mogi News