Condomínio faz rodízio de síndicos

Nos dias de hoje, o corre-corre faz parte da rotina diária de grande parte das pessoas. Dividir os afazeres profissionais com as responsabilidades da vida pessoal já é um desafio grande a ser encarado.

Mas, se todo mundo está correndo de um lado para o outro, indo para o trabalho, voltando da faculdade, buscando os filhos na escola ou indo comprar um presente para o aniversário da prima, quem é que vai encarar o trabalho de síndico no condomínio?

Não é incomum, em condomínios, a falta de candidatos ao posto de síndico. Neste caso, uma das soluções é contratar uma empresa especializada em administração de condomínios. Ou então fazer como os moradores do condomínio horizontal Via Castelli, que driblaram com criatividade e comprometimento esse problema, quando resolveram criar um rodízio de síndicos.

Por sempre haver dificuldades na hora de eleger um síndico (falta de candidato), os moradores que participam assiduamente das assembleias e reuniões se dividem no cargo. A cada ano, alguém do grupo que ainda não foi síndico assume a responsabilidade.

O bancário Marcos Antonio de Oliveira encarou o desafio de ser síndico no ano passado. Ele, que assim como a maioria das pessoas temia o cargo por achar que não teria tempo hábil, acabou dando conta do recado e disse não ter sido tão difícil.

No condomínio Via Castelli há 24 casas e, segundo Oliveira, o grupo que se reveza na sindicância é composto por cerca de 15 condôminos. "Ninguém é obrigado a ser síndico, mas as pessoas do grupo chegaram ao consenso e têm em mente que um dia terão de dar sua parcela de contribuição, sendo síndicos do condomínio", conta o bancário, que, daqui alguns dias, passa o cargo para outro morador.


Ninguém deve ser obrigado

Na opinião do gerente regional da construtora Plaenge em Maringá, Leonardo Ramos Fabian, o rodízio de síndicos tem seu lado bom e ruim.

"Em longo prazo, o rodízio pode resultar em melhorias, pois várias pessoas vão aplicar suas ideias e cuidar mais de um ou de outro setor. Por outro lado, se alguém é obrigado a ser síndico, acaba fazendo o serviço mal feito. A atividade é complexa e envolve folha de pagamento e recolhimentos de impostos".

Para o diretor de condomínios do Sindicato de Habitação e Condomínios (Secovi) de Maringá, Junzi Shimauti, o rodízio de síndicos é mais uma alternativa para administrar o condomínio. Entretanto, ele aconselha cautela aos condôminos, pois eleger alguém que não queira ser síndico pode significar problemas futuros de administração.

"Não pode forçar ninguém. O grau de responsabilidade que tem um síndico é muito grande", comenta Shimauti. O diretor ressalta ainda que o Secovi oferece para síndicos e porteiros cursos e treinamentos gratuitos, além de estar à disposição para tirar dúvidas e prestar orientações.


Fonte: Maringá imóveis