Moradores de Vicente Pires vão ter que pagar pelos lotes A Justiça confirmou que a terra pertence ao governo federal. O GDF vai se encarregar do processo, mas ainda faltam detalhes, como: definir para onde vão 200 famílias que vivem nestas áreas. var midiaEmbed = { midiaId:869565, autoStart: false }; var embed = new GMCEmbed(midiaEmbed); embed.print ();

Há 40 anos a área de Vicente Pires, com dois mil hectares, começou a ser ocupada. No início dos anos 90 vieram os condomínios e durante todo esse tempo corria na Justiça uma ação para definir quem são os donos do terreno.

No primeiro semestre ficou decidido: a propriedade é da União e uma parte menor, do GDF. Agora, os moradores e comerciantes vão ter que comprar os lotes que ocupam.

“Tem que comprar mesmo, né? Para normalizar tem que ser assim. A gente comprou, mas o negocio não é certo”, disse o aposentado Agostinho Mesquita. O vendedor Paulo Roberto Nonato preocupa-se mais com a parte financeira: “tem gente aqui que não tem condição de pagar o lote. Pelo preço que eles querem vender, vai ficar muito caro pra gente”, reclamou.

Atualmente, cerca de 55 mil pessoas moram na região. Antes da venda, os projetos urbanístico e ambiental precisam ser aprovados. Falta decidir também para onde vão as 200 famílias que vivem em áreas de proteção ambiental. Todos os lotes de Vicente Pires vão ser avaliados e vendidos.

Ainda não está definida a forma e o prazo de venda, além da permissão para manter os condomínios fechados. “Nós estamos pedindo que a Terracap e a Caixa Econômica abreviem essa avaliação do imóvel. E também a forma de venda, se vai vender por unidade coletiva, ou seja, condomínio, ou se é lote a lote. A questão do tempo, qual é o prazo para pagarmos? Nós precisamos definir o valor real”, afirmou o presidente da Associação Comunitária de Vicente Pires, Dirosmar Chaves.

O gerente de regularização de condomínios Paulo Serejo informou que todos os esforços estão voltados para que o processo termine até o fim do ano. E listou: “o governo tem feito uma parceria muito boa com a União, o projeto urbanístico está bem encaminhado, o governo vai aprovar com certeza ainda esse semestre. O licenciamento ambiental também e a forma da venda a União, proprietária, é que vai decidir”.

Paulo Serejo disse também que bem-feitorias, como asfalto, escola serão feitas após a regularização. E que as melhorias realizadas pelos moradores vão ser levadas em consideração no momento de apreçar os lotes. Importante ressaltar que a promessa para famílias que vivem hoje em áreas de preservação ambiental, é de que nada seja feito até que se defina o local para onde irão definitivamente.