Morar no DF custa muito caro Brasília é a segunda cidade do país com o custo de vida mais alto. Os preços dos serviços e dos condomínios têm puxado a inflação. var midiaEmbed = { midiaId:853617, autoStart: false }; var embed = new GMCEmbed(midiaEmbed); embed.print ();

O mês de junho pesou no bolso de quem mora de aluguel no Distrito Federal. Os contratos vencidos no meio do ano foram reajustados com índice acima da inflação, que foi de 4,75%. O aumento chegou a 20% para imóveis residenciais e 25% para lojas comerciais. E não parou por aí. A taxa de condomínio também tem influenciado a inflação de Brasília para cima.

Em um bloco da 116 Sul, por exemplo, o síndico explica que os custos dos serviços de limpeza, manutenção e segurança subiram muito. Os moradores em assembléia fizeram os cálculos: o aumento teve de ser de 10% e começou a ser cobrado em junho.

“Teve o reajuste dos empregados, água e luz e de tudo aquilo que faz parte das áreas comuns do condomínio que vem tendo reajuste. Às vezes, nem sempre no mesmo mês, mas mês a mês. Até eu que sou síndico reclamo, mas é necessário. Infelizmente é necessário”, diz o síndico José Nóbrega.

A Fundação Getúlio Vargas (FVG) divulgou o índice de preços ao consumidor semanal. A pesquisa foi feita em sete capitais. Brasília é a segunda cidade com o custo de vida mais alto do país, só perde para Salvador.

Apenas na última semana de junho, a inflação registrada foi de 0,92%. Enquanto a média no país foi de 0,79%. Os alimentos não foram os vilões desta vez. Na semana pesquisada, os preços continuaram altos, mas não subiram acima do índice. São os serviços, como cabeleireiro, mecânico, pedreiro que estão mais caros.

“Infelizmente estamos, agora, numa espiral inflacionária com relação aos preços desses serviços. Isso porque durante muito tempo não teve reajuste, e, agora, tendo que ter os reajustes é claro que carrega a inflação passada. E fica difícil sustentar preços que eram exercidos anteriormente”, explica o economista da FGV, Nilton Marques.