A Polícia Federal vai intensificar a fiscalização nas empresas de segurança. Um levantamento mostra que, pelo menos 30 mil vigilantes trabalham na ilegalidade, sem curso de formação e registro na PF.
“Na verdade, não são vigilantes, e sim seguranças clandestinos. E isso tem preocupado bastante a Polícia Federal. Isso porque estas pessoas não têm a sua honestidade e o seu passado fiscalizado”, afirma o delegado da Polícia Federal, Rodrigo Ziembowicz.
As orientações para contratar segurança dentro da lei estão na cartilha. A empresa de vigilância deve ter alvará concedido pela Polícia Federal e precisa comprovar que está em dia com pagamento de impostos e contribuições. Além disso, as armas devem ser registradas.
Condomínios residenciais ou empresas podem ter vigilância própria, também chamada de segurança orgânica. Mas quem contrata o vigia, precisa ter registro na Polícia Federal e o contratado deve ter curso de formação e não pode apresentar antecedentes criminais
É o caso do vigilante Francisco Humberto, que trabalha num condomínio há quase cinco anos. “A minha função é identificar os visitantes, os prestadores de serviço e os fornecedores”, diz.
Francisco Humberto está dentro da lei, mas o condomínio não. “Nossa grande dificuldade fica nos custos, no acréscimo das taxas condominiais. Tem ainda o passivo trabalhista que pode gerar com essa mudança de categoria e também o transtorno que pode causar, já que muitos funcionários não vão poder se adequar à legislação vigente”, destaca a síndica Júnia Bittencourt.
Quinze mil vigilantes estão registrados na Polícia Federal. Outros 30 mil trabalham ilegalmente.