Calote em condomínios avança 24,72% em SP

SÃO PAULO - As ações de cobrança contra inadimplentes condominiais subiram 24,72% de janeiro para fevereiro de 2010, no Fórum da cidade de São Paulo, contrariando tendência de queda do indicador, que em todo o ano passado registrou baixa de 47,31%. De acordo com o grupo Hubert, de administração imobiliária, o crescimento decorre do fim das férias forenses em janeiro e da lei que passou a permitir o protesto do boleto de cobrança dos condomínios, em caso de atraso no pagamento.

Pela mesma razão, as ações de despejo por falta de pagamento também cresceram. De janeiro a fevereiro, elas passaram de 1.042 para 1.542 em toda a cidade de São Paulo, de acordo com o fórum da capital. Na comparação com o ano passado, no entanto, houve queda, de 3.059 para 2.575. Em 2009, as ações de despejo subiram 9,48% em relação ao ano anterior, totalizando 19.789 ações.

Também apresentaram tendência de alta, no primeiro bimestre de 2009, as ações de procedimento ordinário por denúncia vazia, ou seja, a retomada do imóvel por proprietários por vontade própria, sem ocorrência de inadimplência. De janeiro para fevereiro, o número de ações deste tipo passou de 123 para 161, um total de 284 ações. Em 2009, foram 304.

Segundo Hubert Gebara, diretor do grupo Hubert de administração imobiliária, a motivação, neste caso, também reflete o desejo de substituição de inquilinos em busca de contratos mais vantajosos, por conta da valorização do aluguel. Em 2009, os aluguéis novos registraram aumento médio de 9,59%, percentual superior ao da variação da inflação do período.

O empresário também acredita que o protesto via boleto, reflexo da Lei 13.160, em vigor desde julho de 2008, está mudando o comportamento dos condôminos que são maus-pagadores por conta da possibilidade de ter seu nome apontado nos serviços de proteção ao crédito.

No mesmo período, a Lello Imóveis obteve alta de 28% na venda de imóveis usados, em comparação ao mesmo período de 2009. As regiões da cidade onde houve mais vendas foram Mooca e Santana. "A alta segue a tendência de retomada apresentada desde o segundo semestre", aponta Roseli Hernandes, diretora da Lello Imóveis.



Fonte: DCI