Investimento em condomínios cresce

Segurança e áreas de lazer atraem consumidores; construtoras planejam lançamentos

O medo da violência é o principal fator que faz aumentar a procura por condomínios fechados. A informação é de gerentes comerciais de três construtoras consultadas pela reportagem do CORREIO de Uberlândia. Para o ano que vem, cada uma delas vai lançar dois novos empreendimentos na cidade, dos quais um deles vai misturar comércio com residências. 

Além da promessa de maior segurança, condomínios fechados atraem pelas opções oferecidas em lazer e área verde. Mauri Ramos Leite é gerente regional da Rossi Residencial, dona de dois empreendimentos, com 588 apartamentos no total, na cidade. Segundo ele, o perfil de seus clientes é, na maioria, de adultos da classe média, recém-casados ou famílias com crianças pequenas. “O condomínio resgata a ideia de deixar o filho brincar livre no meio de ruas”, afirmou. Segundo ele, um apartamento com três quartos pode custar até R$ 200 mil. Cerca de 70% dos imóveis do condomínio foram vendidos. Um outro empreendimento já tem todas as unidades comercializadas.

Outro fator determinante para um condomínio ser bem-sucedido é a localização. “Bairros que possuem déficit populacional e estão em expansão são os melhores para este tipo de projeto”, afirmou o gestor de vendas da MRV Breno Mendes. De acordo com ele, apenas neste ano, quatro condomínios verticais serão entregues pela construtora, localizados principalmente nas zonas sul e norte da cidade.

Condomínios horizontais ganham espaço

Para Adilson Albino, coordenador da Gávea Empreendimentos, Uberlândia tem um desenho urbano propício para os condomínios horizontais, onde os apartamentos dão lugar às casas. “A cidade está crescendo em direção aos condomínios horizontais. Na zona sul, chegou inclusive a ultrapassar os verticais”, disse. A empresa é responsável por três empreendimentos. Dois deles serão entregues no próximo ano, sendo um com setor comercial.

De olho nas classes C e D, algumas empreendedoras aproveitam os subsídios dados pelo governo federal à população para construir condomínios com casas populares. “A demanda é boa. Nós trabalhamos com a classe econômica, tendo como foco principal atender ao programa ‘Minha Casa, Minha Vida’”, disse o gerente comercial da Rodobens, Wilson Terneiro. 



Fonte: Correio de Uberlândia