HABITAÇÃO
Depois de uma série de denúncias de golpes e inquéritos abertos nas delegacias, a Secretaria de Habitação do DF começou a realizar um pente-fino nas cooperativas habitacionais. E já tem um dado preliminar que revela a irregularidade impregnada no setor. A maioria das associações não tem condições legais para ser beneficiada com lotes do governo. Das 500 cadastradas, 64% deverão ser cortadas. Apenas 180 podem ser consideradas aptas a permanecer na lista do órgão. |
Acordo será assinado hoje
Os servidores públicos que trabalham para o Governo do Distrito Federal (GDF) ganharão uma linha de crédito especial para compra da casa própria. A Caixa Econômica (CEF) baixou os juros para melhorar as condições de pagamento do funcionalismo. A taxa vai variar de 8,5% a 11 % por ano dependendo do valor do financiamento — sempre 1% menor que as praticadas atualmente pela instituição. O empréstimo poderá ser pago em 20 anos e as parcelas serão descontadas diretamente da folha de pagamento do servidor ou por débito em conta. Somente os funcionários concursados (ativos e inativos) terão direito ao benefício. São cerca de 100 mil. Todos estarão aptos a pedir a carta de crédito, até mesmo os que já têm residência própria. Os imóveis poderão ser negociados diretamente pelo servidor com pessoas físicas ou jurídicas. O limite de comprometimento com a dívida é de 33% do valor do contracheque. O governador José Roberto Arruda e a presidente da Caixa Econômica Federal, Maria Fernanda Ramos Coelho, assinam hoje o acordo de cooperação para a concessão do financiamento habitacional. A solenidade será às 9h30, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães. Servidores de empresas e autarquias, como Caesb, CEB e Terracap, também serão beneficiados. Para pedir a carta de crédito, o servidor interessado deverá imprimir pela internet seu registro público e procurar uma agência da Caixa. “Também serão oferecidos financiamento para material de construção e outros benefícios”, explica o presidente da Companhia de Desenvolvimento Habitacional do DF (CodHab), Edo Freitas. O GDF tem encaminhado outros projetos habitacionais. Está prevista para 8 de novembro a liberação do edital de licitação do Setor Mangueiral, numa Parceria Público Privada (PPP). Oito mil moradias serão oferecidas para a população de baixa renda. O novo setor ficará ao lado do trevo de São Sebastião e terá prédios de apartamentos de 55 metros quadrados. A região será destinada a pessoas com renda de até 10 salários mínimos que pagarão prestações de no máximo R$ 500, com financiamento do Banco de Brasília e CEF. “O GDF está oferecendo o terreno e a empresa que ganhar a licitação vai construir os prédios e vender os apartamentos”, explicou o secretário de Habitação, Paulo Roriz. (SS) |
Oferta de moradias
Para os servidores concursados: Financiamento com a Caixa Econômica Federal a juros de 8,5% a 11% ao ano (1% mais baixo do que os praticados pela instituição) mais TR. Pagamento em 20 anos. Imóveis poderão ser negociados diretamente pelo servidor com pessoas físicas ou jurídicas. Parcelas do financiamento serão descontadas em débito em conta ou na folha de pagamento do servidor. Comprometimento com a dívida é limitado a 33% do valor do contracheque.
Para população de baixa renda: Setor Mangueiral, próximo a São Sebastião. Apartamentos de 55 metros quadrados para pessoas com renda de até 10 salários mínimos. Prestações serão de no máximo R$ 500, com financiamento do BRB e Caixa Econômica Federal.
Projeto Habitar Bem – prevê 2,5 mil moradias no Gama e outras 2,5 mil em Sobradinho nas mesmas condições.
Para servidores não concursados em cargos comissionados: Será reservada parte das moradias do Setor Mangueiral
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Sucesso de vendas
A Companhia Imobiliária de Brasília (Terracap) licitou ontem 87 lotes residenciais com tamanho médio de 800 metros quadrados, no novo setor habitacional Jardim Botânico 3. Foram feitas 366 propostas que fizeram subir o preço inicial, de R$ 154 mil. Os terrenos foram arrematados por R$ 200 mil, em média. O menor lance vencedor por um deles foi de R$ 157 mil e o maior R$ 333 mil. A Terracap, que esperava arrecadar R$ 21 milhões acabou lucrando R$ 26.165 milhões. Sete lotes comercias colocados à venda não foram arrematados, mas voltam a ser oferecidos na próxima licitação, prevista para 27 de novembro com mais 100 lotes. Cada pessoa ou empresa pode comprar apenas um lote. O prazo máximo de pagamento é de 20 anos e a taxa de juros é de 1%, mais o Índice Geral de Preços do Mercado (IGPM). O comprador pode revender o lote, caso tenha pago pelo menos 10% de seu valor. O governo está investindo R$ 38 milhões na infra-estrutura do local, que deve ser oficialmente inaugurado em junho do ano que vem. |