A Companhia de Abastecimento e Saneamento de Brasília (Caesb) afirma que tubulações antigas, lavagem de estações de tratamento, tanques com rupturas e ligações clandestinas – os chamados “gatos” - são os principais locais onde se perde 24% de toda a água coletada em mananciais e poços profundos no Distrito Federal.
O desperdício e a água não tarifada podem ser classificados com perdas físicas, com vazamentos de algum ponto da linha de distribuição, ou aparentes, quando a água não é paga por inadimplentes ou acontecem os “gatos” .
O prezuízo maior acontece em cidades de alta renda do DF. No Lago Sul, o consumo diária de água chega a mil litros por habitante, fazendo com que a região seja líder no índice de furto de água. Estrutural e Santa Maria, por sua vez, lideram o ranking em quantidade de ligações clandestinas, cada ligação desse tipo equivale a cerca de R$ 45,41. Somente no primeiro semestre de 2011, foram registradas 1.538 ligações clandestinas em todo o DF.
Embora um quarto da água do Distrito Federal seja perdido, o índice ainda é o menor do país. A média nacional fica em torno dos 35%. O recorde de perdas fica para Roraima, com 70%. Embora para os paramêtros nacionais a média do DF seja baixa, em escala mundial o índice é extremamente elevado. A Alemanha, por exemplo, tem índice entre 3% e 5%.