Operação Beta apura esquema criminoso em programa habitacional


O Ministério Público do DF e a Polícia Civil realizaram na manhã de quarta (30/5) a Operação Beta, um desdobramento da Operação João de Barro, realizada em 2010, para apurar suposto esquema criminoso de direcionamento de lotes da Companhia de Desenvolvimento Habitacional do DF (Codhab) para cooperativas habitacionais ligadas a construtoras.

São cumpridos nove mandados de busca e apreensão autorizados pela 3ª Vara Criminal de Brasília.

Houve busca nas cooperativas ASTRALP (Associação dos Trabalhadores em Limpeza Pública e Privada do DF) e MISS (Movimento dos Inquilinos de São Sebastião) e nas construtoras Impacto e Democrata.

Os policiais da Divisão de Combate aos Crimes contra a Administração Pública (DECAP) estiveram também nas casas dos donos das construtoras e dos presidentes das cooperativas.

A 4ª Promotoria de Defesa do Patrimônio Público e Social (Prodep) do Ministério Publico do DF investiga o envolvimento do ex-presidente da Codhab João Carlos Coelho Medeiros no suposto esquema criminoso.

Em dezembro de 2010, houve busca e apreensão na casa de João Carlos Medeiros -- suplente que chegou a assumir mandato de deputado distrital pelo PMDB. Os documentos apreendidos levaram ao rastro de cooperativas e construtoras que seriam beneficiadas com direcionamento de lotes de programas habitacionais do Governo do DF.

Na investigação, João Carlos teve os sigilos bancário e fiscal quebrados pela Justiça.

A Operação Beta é um trabalho da 4ª Prodep e do Núcleo de Combate às Organizações Criminosas (NCOC) do Ministério Público do DF, auxiliados pela DECAP.