Boletim Imobiliário revela que crédito do setor habitacional continua em expansão


O Sindicato da Habitação do Distrito Federal (Secovi-DF) divulgou o Boletim de Conjuntura Imibiliário com dados referentes ao mês de abril. Um dos destaques diz respeito às operações de crédito, que tiveram grande expansão. O estudo é realizado pela Econsult - Consultoria Econômica, em parceria com o Secovi-DF. Foram avaliados os dados de imobiliárias do Distrito Federal, num total de mais de vinte e quatro mil imóveis.

Os financiamentos voltados ao setor habitacional apresentaram variações positivas de 2,9% em março e de 43,7% no período de 12 meses, o que gerou R$ 216,9 bilhões no mês, equivalente a uma parcela de 10.48% do crédito total.

O Boletim revela que houve um acréscimo na participação do crédito habitacional no Produto Interno Bruto (PIB), finalizando em 5,16% do total. “Os dados indicam que o crédito e a participação do setor habitacional no PIB ainda podem evoluir bastante no país”, avalia o presidente do Sindicato da Habitação do Distrito Federal (Secovi/DF), Hiram David.

Oferta de imóveis e comercialização
No mês de abril, a oferta total para comercialização no Distrito Federal foi de quase 20 mil imóveis. Seguindo a tendência de meses anteriores, apartamentos com três dormitórios tiveram a maior oferta. “Os dados demonstram que Brasília continua valorizada”, afirma Hiram David. Segundo o Boletim, apartamentos de um dormitório na Asa Norte continuam com o metro quadrado mais caro, com destaque também para apartamentos de quatro dormitórios no Sudoeste. Em valores absolutos, os imóveis mais caros foram casas de quatro dormitórios no Lago Sul, no valor de R$ 2.500.000,00 e apartamentos de quatro dormitórios no Sudoeste de R$ 1.840.000,00.

Locação

A oferta total para locação no Distrito Federal foi de um pouco mais de quatro mil imóveis. Os maiores destaques são quitinetes (21,8%) e apartamentos de dois dormitórios (16,8%). Os imóveis comerciais representam 27,5% do total dos destinados à locação.

Observa-se que os preços mais caros de metro quadrado tendem a ser de imóveis menores, principalmente quitinetes, sendo que o item de maior valor foi quitinete na Asa Sul. Em valores absolutos, os preços mais caros são alugueis de casas de quatro dormitórios no Lago Sul e apartamentos de quatro dormitórios na Asa Sul.

Cenário Nacional
Um dos destaques é o Índice de Confiança do Consumidor (ICC), auferido pela Fundação Getúlio Vargas. O ICC fechou abril em 128,7 pontos, maior resultado desde dezembro de 2009.

Na Construção civil, os dados também são positivos. No mês de abril, o Custo Unitário Básico (CUB/m²) do Distrito Federal, divulgado pelo Sinduscon-DF, teve variação positiva de 0,54% em relação ao mês anterior, fechando em R$902,53. A Sondagem da Indústria da Construção, divulgada pela Confederação Nacional da Indústria, registrou 51,5 pontos em março frente a 49,4 pontos do mês anterior, confirmando a reversão de tendência negativa. Valores acima de 50 pontos indicam aceleração da atividade.