O Instituto Chico Mendes de Biodiversidade embargou todas as obras do Setor Noroeste. Apesar de a determinação realizada no último dia 2 valer tanto para a construção de prédios quanto à implantação da infraestrutura do bairro, as construções continuam. Isso porque o auto de embargo foi entregue à Companhia Imobiliária de Brasília (Terracap), e a empresa pública alega que não tem o poder de paralisar empreendimentos em terrenos particulares. O órgão do governo federal tomou a medida depois que equipes de fiscalização identificaram irregularidades ambientais.
O Instituto Chico Mendes afirma que a Terracap não cumpriu algumas das exigências ambientais incluídas na licença concedida para o Setor Noroeste. O licenciamento, liberado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em 2008, estabeleceu uma série de regras a serem seguidas pelo governo e pelas construtoras para minimizar os danos ao meio ambiente. São dois os principais questionamentos do Instituto Chico Mendes. O primeiro é relacionado às obras de construção do sistema de drenagem das águas pluviais, quea até hoje não foi concluído. O coordenador de proteção do Instituto Chico Mendes, Paulo Carneiro, afirma que os atrasos nas obras de drenagem causaram graves danos ambientais.