Obras no Setor Noroeste permanecem paradas e sem conflitos durante a manhã

Apesar da decisão judicial que autoriza as construtoras a retomarem as obras no Setor Noroeste a partir desta quarta-feira (9/11), as máquinas ficaram paradas durante toda a manhã. Policiais militares permanecm no local para garantir a segurança, mas não houve conflitos entre manifestantes, índios e seguranças das empreiteiras. Até as 13h20, nenhuma máquina foi colocada para trabalhar.

A decisão judicial assinada pelo juiz José Maurício da Silveira e Silva, plantonista do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), de reforçar a segurança no local vale para índios e manifestantes, que tiveram embates com os trabalhadores das construtoras. No fim de semana, um grupo alinhado com os indígenas agrediu um vigilante, derrubou cercas e caixa d'água. A ação levou o advogado Nader Franco, que defende o interesse das três empresas, a ingressar com pedido de reforço policial e manutenção de posse na área.

Protesto

A etnia Fulni-Ô rejeitou a proposta de acordo com a Companhia Imobiliária de Brasília (Terracap), para trocar o terreno do Noroeste por uma a Área de Relevante Interesse Ecológico (ARIE), Cruls, localizada próxima ao Parque Nacional. Os índios exigem 50 hectares de terra, mas a sentença da desembargadora Selene Maria de Almeida, do TRF-1, delimita o espaço a 4 hectares.

No domingo (6/11), desembarcou na cidade um grupo de índios Guajajara, do Maranhão. Eles pretendem ajudar os Fulni-ô Tapuia, além de representantes de outras etnias, que pretendem ampliar de 4,9 hectares para 50 ha o espaço que ocupam no Setor Noroeste, o futuro bairro de classe média alta de Brasília.