O clima é de tensão no Setor Noroeste. No fim da manhã desta quintae-feira (3/11) um grupo de 30 indígenas se juntou aos apoiadores do santuário para protestar contra mais um desmatamento na área e também contra o início das obras no local. Os índios chegaram portando arco e flecha, pedaços de pau e lanças.
Em meio à confusão, eles e os manifestantes tiraram as chaves da ignição das máquinas, para impedir que os operários prossigam com o trabalho. Índios e manifestantes tentaram negociar com a Polícia Militar, que desde bem cedo está no Noroeste para manter a segurança dos trabalhadores das construtoras, mas não chegaram a um acordo.
Outro motivo de discórdia é a área que foi determinada pela Justiça como sendo uma reserva indígena. Do total de 50 hectares reivindicados, apenas quatro, à principio, ficariam para os índios.
Eles pedem a interferência de representantes da Fundação Nacional do Índio (Funai) e do Ministério Público no caso para tentar resolver a situação. Na confusão, a estrada de terra que dá acesso à área foi interditada. O grupo planeja uma ação, agora, às 13h.